O promissor mercado dos influenciadores digitais


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O mercado global de influenciadores digitais projeta movimentar cerca de US$ 500 bilhões (R$ 2,5 trilhões) até 2027, um aumento expressivo em relação ao patamar atual de US$ 250 bilhões (R$ 1,28 trilhão), conforme relatório divulgado pelo banco Goldman Sachs. Esse crescimento será impulsionado, sobretudo, pelos investimentos em marketing de influência e pela monetização de plataformas de streaming e redes sociais de vídeos curtos, como o TikTok, que remuneram criadores de conteúdo com base nas visualizações de seus vídeos.

A pandemia do Covid-19 acelerou significativamente o consumo de conteúdos digitais, ampliando o número de pessoas que se identificam como influenciadoras em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, um levantamento da Nielsen revelou que mais de 10 milhões de criadores possuem pelo menos mil seguidores no Instagram, colocando o país em segundo lugar no ranking global, atrás apenas dos Estados Unidos.

Estima-se que atualmente existam cerca de 50 milhões de influenciadores ativos em plataformas como TikTok, Instagram, Facebook e YouTube. O Goldman Sachs prevê que esse número crescerá entre 10% e 20% nos próximos cinco anos.

Agências e o Papel no Desenvolvimento do Mercado

Para atender à demanda crescente de gerenciamento de influenciadores, muitas agências ampliaram suas equipes e desenvolveram expertise nesse segmento. De acordo com uma pesquisa da Goldman Sachs, quase 70% dos criadores apontaram que a principal fonte de receita advém de parcerias diretas com marcas e anunciantes, evidenciando a necessidade de profissionalização das relações comerciais nesse ecossistema.

Sabrina Arantes, diretora criativa e sócia da agência @conectaassessoria, destaca que, embora muitas operações ainda sejam realizadas diretamente entre marcas e influenciadores, as agências têm a oportunidade de se posicionar como estratégicas, centralizando as negociações e otimizando os investimentos. Para ela, o futuro do mercado está condicionado à profissionalização tanto das agências quanto dos próprios criadores, que precisarão construir relações mais sólidas com sua audiência para reduzir a dependência de tráfego pago.

A Influência no Contexto Brasileiro

Na América Latina e no Caribe, o mercado de influência movimentou aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões) em 2023, segundo a consultoria Statista. O Brasil representa cerca de 45% desse montante, gerando R$ 2,33 bilhões em receita apenas com ações de marketing externas para influenciadores.

Apesar do crescimento global, o Brasil ainda enfrenta desafios em termos de representatividade no mercado global devido ao câmbio desfavorável e ao tamanho de sua economia. O país deve capturar uma pequena parcela do total global projetado pelo Goldman Sachs, algo em torno de 1%.

A Influência Além das Plataformas

Apesar das expectativas positivas, os dados indicam uma desaceleração na taxa de crescimento anual do setor, que, entre 2023 e 2024, atingiu seu menor índice em cinco anos, de 15,9%. Esse cenário reflete os desafios econômicos globais, mas não reduz o potencial transformador do marketing de influência, que segue como uma das ferramentas mais poderosas para conectar marcas e consumidores no ambiente digital.

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